Essa atividade emergiu da demanda, por parte de usuários e profissionais, de implementar ações de Economia Solidária junto ao conjunto dos CAPS DF para escoar os produtos gerados nas oficinas terapêuticas e valorizar o trabalho, com a perspectiva de gerar renda, como também criar espaços de integração social e de pertencimento.
Durante o curso “Construção de indicadores para a qualificação da gestão e do trabalho em Saúde Mental”, no Encontro “Partilhas de experiências psicossociais da rede CAPS” os participantes se articularam nasceu a semente que deu origem a essa ação.
A implantação da Economia Solidária envolvendo os CAPS DF tem 2 eixos:
- um voltado para a organização da economia solidária, e desenvolvido em parceria com o Centro Público de Economia Popular e Solidária do Distrito Federal, localizado na antiga Galeria do Trabalhador, ao lado do Shopping Conjunto Nacional,
- outro voltado para a intervenção pautada na sistematização do tratamento comunitário considerando seus pressupostos e instrumental.
Esses dois eixos tem uma convergência possibilitando assim o desenvolvimento de uma metodologia de intervenção que promove atuação em uma rede viva, com interligação dinâmica entre suas malhas, seja a que tem o CAPS como referência, seja a rede externa aos CAPS, mas que propicia ampliação da economia solidária do DF.
Nesse processo foi retomado diálogo com a administração publica para rever o uso do Box da Saúde Mental “Semeando Artes” na Feira de Artesanato, na Torre de Televisão. Também tem como alvo a perspectiva de ir além do campo do artesanato, ir em busca de espaços de trabalho.
Para que seja possível organizar ação para desenvolver grupos/ oficinas e Rede de Saúde Mental e Economia Solidária é imprescindível a busca de parceria, sem esta estratégia não é possível viabilizar a execução do propósito. O tratamento comunitário possibilita instaurar uma metodologia que favorece um desenho claro das parcerias, tanto no que diz respeito a quantidade como o tipo de parceiro e de parceria.
Há nos CAPS várias experiências empreendoras que estão sendo realinhadas e expandidas: Ecolavagem, Grupo de música Maluco Voador e Culinária do CAPS Paranoá; Caco Terapêutico (arte em mosaicos) do ISM; INOVARTE (customização, crochê e fuxico) do CAPS Taguatinga; Oficina “Feito á mão” do CAPS Samambaia, e em outros CAPS com menor amplitude.
Os encontros da rede ECOSOL acontecem no Centro Público de Economia Popular e Solidária do Distrito Federal. Esse espaço foi inaugurado em agosto de 2017 é destinado para reuniões, e além disso, existe uma sala que é voltada para a realização de cursos (que precisam ser construídos), oficinas, inclusão digital (possui três computadores) e qualificação do trabalho e barracas que ficam do lado de fora do Centro Público, para venda dos produtos.
Esta atividade favorece o cumprimento de um dos propósitos do tratamento em sistema aberto, que é integrar o usuário em iniciativas da comunidade.
A rede ECOSOL tem como perspectiva futura a ampliação dos elementos que compõe essa rede. Há perspectivas de instalação da Ecolavagem no CAPS II Taguatinga. Há também um trabalho inter CAPS de fazer hortas que possam ter seu produto comercializado, as hortas estão sendo formadas no CAPS Asa Norte, CAPSi Taguatinga, CAPS II Taguatinga e esta se discutindo possibilidades futuras de comercialização.